Conselho de Segurança prolonga força de manutenção da paz na RDCongo

  • 20/12/2025

A resolução prolonga "até 20 de dezembro de 2026 o mandato da Monusco na RDCongo", que conta com aproximadamente 11.500 soldados de paz no terreno.

 

Trata-se de uma das poucas missões da ONU apoiadas pelos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, que procura implementar um acordo de paz entre a RDCongo e o Ruanda.

Os quinze Estados-membros do Conselho de Segurança votaram pela continuidade da missão depois de o grupo M23 ter prometido aos Estados Unidos retirar-se de Uvira, cidade que tinha tomado na semana passada, no leste do país.

No entanto, os combates continuam a sul de Uvira, alertou hoje a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), apesar da retirada dos rebeldes da cidade.

Nas últimas 24 horas, o ACNUR recebeu refugiados no Burundi que fugiam de Fizi e Baraca, cidades a sul de Uvira, e que confirmaram a persistência do conflito nestas zonas.

Grande parte da fronteira natural entre a RDCongo e o Burundi é delimitada pelas águas do lago Tanganica.

O representante francês encarregado de redigir a resolução, Jérôme Bonnafont, afirmou hoje que as negociações para a renovação da missão decorreram em condições invulgares, uma vez que o M23, um grupo rebelde apoiado pelo Ruanda, "continua a sua ofensiva".

Segundo o representante francês, o objetivo é implementar esforços de paz, mediação regional e mediação conjunta dos EUA e do Qatar.

"Haverá verificação do cessar-fogo sequencial. A missão está autorizada a apoiar a implementação do cessar-fogo permanente acordado em Doha", sublinhou Bonnafont, que apelou a um "espírito de responsabilidade", ao mesmo tempo que considerou inaceitáveis as "restrições à mobilidade da Monusco".

A representante dos EUA declarou, por sua vez, que o M23 sabotou mais uma vez o acordo de paz com "o apoio das forças ruandesas".

"O M23 deve retirar pelo menos 75 quilómetros de Uvira", frisou, acrescentando que a missão da ONU deve monitorizar o cessar-fogo.

Desde 1998 que o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por grupos rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da força de manutenção da paz da ONU.

O representante chinês apontou que a transparência da missão deve ser garantida e pediu ao M23 que cesse as suas ações.

A retirada começou depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter avisado no sábado que as "ações do Ruanda" no leste da RDCongo constituem "uma clara violação dos Acordos de Washington" e ter declarado que os Estados Unidos "tomarão medidas para garantir que as promessas feitas ao Presidente Donald Trump são cumpridas".

Nas últimas duas décadas, cerca de 16.300 militares fardados, destacados pelas forças da ONU, protegeram civis através da realização de operações e patrulhas regulares, apoiando diálogos comunitários e promovendo iniciativas de participação no leste da RDCongo.

A população acusa a Monusco de não fazer o suficiente e, nos protestos que eclodiram em junho de 2022, os manifestantes invadiram e saquearam instalações da ONU em vários locais, fazendo pelo menos 33 mortos, incluindo civis e quatro soldados da paz, segundo dados oficiais.

Leia Também: MP quer acusação a filho do Presidente do Congo separada da Rota do Atlântico

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2907561/conselho-de-seguranca-prolonga-forca-de-manutencao-da-paz-na-rdcongo#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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