Cinco laboratórios inspecionados devido a peste suína africana em Espanha

  • 07/12/2025

Espanha é o maior produtor de carne de porco da União Europeia e o terceiro maior do mundo. Exporta anualmente 8.800 milhões de euros de carne de porco.

 

A região da Catalunha confronta-se desde finais de novembro com o primeiro surto de PSA desde 1994.

Inofensiva para os seres humanos, a peste suína africana é uma doença viral hemorrágica com uma taxa de mortalidade próxima de 100% em suínos e javalis.

"Ordenámos (...) uma inspeção de todas as instalações, de todos os centros (de investigação) localizados na zona de risco de 20 quilómetros, que trabalham com o vírus da peste suína africana", declarou Salvador Illa, presidente do governo regional da Catalunha (nordeste), numa conferência de imprensa.

"As inspeções abrangem apenas alguns centros, não mais do que cinco", precisou, um dia depois de ter sido anunciada a primeira investigação a um laboratório que poderá ter estado na origem do surto.

Salvador Illa acrescentou que os 80.000 suínos das 55 explorações situadas na zona de risco estão saudáveis e "podem ser disponibilizados para consumo humano seguindo os protocolos", para "poderem ser comercializados no mercado espanhol com toda a segurança" e "de forma gradual", precisou.

Desde 28 de novembro, 13 casos da doença foram detetados numa zona da Catalunha, tendo as autoridades procurado conter a propagação, nomeadamente através da mobilização de cerca de militares, polícias, guardas florestais e outros profissionais.

Perante esta situação inédita em mais de 30 anos, o ministério espanhol da Agricultura indicou, na sexta-feira, num comunicado, que iria "abrir uma investigação complementar sobre a origem do vírus".

Anunciou também que iria estudar a hipótese de uma fuga de um centro de investigação, após ter recebido o relatório do laboratório de referência da União Europeia (UE) com a sequenciação do genoma do vírus do foco atual.

Segundo o Ministério, o grupo genético identificado no foco não corresponde ao que circula atualmente numa dezena de países europeus afetados pela mesma doença, mas à estirpe Georgia 2007, frequentemente utilizada em infeções experimentais em laboratório.

Um laboratório (IRTA-CReSA) com unidades de confinamento biológico de níveis 2 e 3 (numa escala de 4) está localizado a poucos quilómetros da zona na Catalunha onde foram encontrados javalis mortos.

Na quinta-feira, Joaquim Segalès, um dos investigadores daquele laboratório, refutou à Agência France Presse (AFP) a hipótese de uma fuga acidental.

Na sexta-feira, o Governo espanhol revelou que o foco de Peste Suína Africana (PSA) detetada há uma semana pode ter tido origem num laboratório.

Num comunicado, o Ministério da Agricultura de Espanha revelou que um laboratório "de referência" da União Europeia (UE) analisou o genoma do vírus que infetou javalis do parque natural de Collserola, na região de Barcelona, e concluiu que é diferente de todos os "vírus que circulam atualmente nos Estados membros", mas similar a outro que circulou na Geórgia e é conhecido como "Georgia 2007".

"A estirpe do vírus 'Goergia 2007' é um vírus de 'referência' que se utiliza com frequência em infeções experimentais em instalações de confinamento [laboratórios] para realizar estudos do vírus ou para avaliar a eficácia de vacinas", explica o ministério no mesmo comunicado.

Perante as conclusões desta análise do laboratório reconhecido pelas autoridades europeias, é possível que "a origem do vírus não esteja em animais ou produtos de origem animal provenientes de algum dos países em que há atualmente infeção", acrescentou o Ministério da Agricultura.

O Governo ordenou, então, a abertura de uma nova investigação para avaliar a possibilidade de o vírus detetado na Catalunha ter sido originado por um laboratório.

Antes, as autoridades catalãs tinham atribuído a origem do vírus a um enchido contaminado, provavelmente dentro de uma sandes abandonada nas imediações do parque natural de Collserola, zona onde circulam muitos camiões e onde há áreas de serviço.

Neste caso, um javali poderia ter ingerido comida infetada provocando o foco detetado pelas autoridades em 28 de novembro e desde o qual já foram encontrados 13 javalis mortos infetados com PSA.

Por outro lado, continuam sem ser detetados casos nas 39 explorações de suinicultura que existem na zona, num raio de 20 quilómetros em redor do foco de PSA identificado nos javalis do parque natural de Collserola.

As autoridades espanholas têm no terreno centenas de militares, polícias, guardas florestais e outros profissionais em trabalhos de controlo, captura de animais e desinfeção.

Desde sexta-feira que os acessos a um perímetro de vários quilómetros do parque natural estão fechados, tendo sido já analisadas dezenas de animais, segundo as autoridades.

Leia Também: Peste suína africana em Espanha com possível origem em laboratório

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2900590/cinco-laboratorios-inspecionados-devido-a-peste-suina-africana-em-espanha#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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