CEDEAO envia tropas para o Benim após tentativa de golpe de Estado
- 08/12/2025
"O presidente da Autoridade de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO ordenou o envio de elementos da Força de Reserva da CEDEAO para a República do Benim com efeito imediato", indicou a organização, num comunicado divulgado ao final do dia de domingo.
A força regional será composta por tropas da Nigéria, Serra Leoa, Costa do Marfim e Gana, e terá como missão "apoiar o Governo e o Exército Republicano do Benim na preservação da ordem constitucional e da integridade territorial do país", acrescenta a nota.
A CEDEAO já tinha condenado "veementemente" a tentativa de golpe e elogiado o Governo do Presidente Patrice Talon por ter conseguido restabelecer a ordem.
"A CEDEAO condena com firmeza este ato inconstitucional, que constitui uma subversão da vontade do povo beninense", declarou a organização, que integra doze países da África Ocidental, entre os quais o próprio Benim.
O bloco responsabilizou ainda os autores do "complô, tanto individual como coletivamente", por quaisquer perdas humanas ou materiais resultantes das suas ações.
"A CEDEAO apoiará o Governo e o povo do Benim por todos os meios necessários para defender a Constituição e a integridade territorial do país", lê-se no comunicado.
Em declarações à televisão pública, o Presidente Patrice Talon afirmou no domingo à noite que "a situação está completamente sob controlo", depois de um grupo de militares ter anunciado, através do mesmo canal, a destituição do chefe de Estado e a tomada do poder.
Segundo a imprensa local, a Guarda Republicana conseguiu retomar o controlo das instalações da televisão pública, onde os golpistas foram neutralizados.
Talon, de 67 anos, chegou ao poder em 2016 e foi reeleito em 2021, tendo lançado um programa político e económico centrado no desenvolvimento do país. No entanto, os seus críticos acusam-no de ter conduzido a uma erosão das instituições democráticas, outrora consideradas exemplares na região.
As próximas eleições presidenciais no Benim estão previstas para abril de 2026, não sendo Talon candidato, por ter cumprido os dois mandatos de cinco anos permitidos pela Constituição.
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