Candidato da extrema-direita vence no Chile. Esquerda reconhece derrota
- 15/12/2025
"A democracia falou alto e claro", escreveu Jeanette Jara na rede social X, afirmando ter comunicado "com o Presidente eleito", o ultraconservador Kast, "para lhe desejar êxito, para o bem do Chile".
Segundo os resultados oficiais preliminares divulgados, assentes na contagem de cerca de 76% dos boletins de voto, Kast, um advogado de 59 anos, tem uma clara vantagem, com 58,30% dos votos, contra 41,70% para Jara, uma comunista moderada que representa uma ampla coligação de esquerda.
Kast era o favorito nas sondagens para a segunda volta das eleições presidenciais e tornar-se-á assim o próximo Presidente do Chile, sendo a primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, há 35 anos, que um candidato de extrema-direita se encontra em tal situação no país latino-americano.
As mesas de voto começaram a encerrar às 18:00 locais (21:00 de Lisboa), abrindo caminho à contagem dos votos, no final de um dia marcado por longas filas para esta eleição obrigatória. Quase 16 milhões de eleitores foram chamados a escolher entre os dois candidatos.
Na sua terceira tentativa para se tornar chefe de Estado do Chile, o ex-deputado Kast, católico praticante e pai de nove filhos, fez campanha com a promessa de combater o crime e deportar os quase 340 mil imigrantes indocumentados, a maioria dos quais venezuelanos.
A sua opositora, Jeannette Jara, de 51 anos, ex-ministra do Trabalho do Governo do Presidente cessante, Gabriel Boric, prometeu aumentar o salário mínimo e proteger as pensões.
Na primeira volta, em meados de novembro, os dois candidatos receberam um quarto dos votos cada, com uma ligeira vantagem para a esquerda. Mas, juntos, os candidatos de direita conquistaram 70%.
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