Câmara dos Representantes aprova divulgação de ficheiros de Epstein

  • 19/11/2025

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, esta terça-feira, o projeto de lei que ordena ao Departamento de Justiça a divulgação de todos os ficheiros do caso de Jeffrey Epstein, que morreu em agosto de 2019.

 

De acordo com a Sky News, houve 427 votos a favor e um representante votou contra.

Note-se, no entanto, que embora o projeto de lei tenha sido aprovado na Câmara, o seu futuro no Senado, também de maioria republicana, não é certo, uma vez que o líder da maioria no Senado, o republicano John Thune, se tem declarado contra a iniciativa, justificando que o Departamento de Justiça "já divulgou uma abundância de ficheiros relacionados com o assunto".

Se a medida for também aprovada pelo Senado, seguirá para promulgação do próprio Donald Trump, que poderia exercer o veto, embora sob enorme pressão para a assinar. 

Saliente-se que o veto presidencial pode ser anulado com uma votação de dois terços em ambas as câmaras (Representantes e Senado), o que só aconteceu duas vezes desde 2009.  

Trump pediu a republicanos para aprovar divulgação dos arquivos de Epstein

Recorde-se que Donald Trump surpreendeu no domingo ao apoiar a divulgação dos documentos do caso de Epstein - com quem privou durante décadas - após passar, sem sucesso, os últimos meses a tentar mudar a posição de congressistas republicanos que alinharam com os democratas na iniciativa legislativa para exigir transparência ao governo.

"Os republicanos da Câmara [dos Representantes] devem votar a favor da divulgação dos arquivos de Epstein porque não temos nada a esconder, e é hora de superar esse embuste democrata perpetrado por lunáticos da esquerda radical para desviar a atenção do grande sucesso do Partido Republicano", escreveu Trump, no domingo, na rede Truth Social.

Trump pede a republicanos que aprovem divulgação dos arquivos de Epstein

Trump pede a republicanos que aprovem divulgação dos arquivos de Epstein

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mudou posição e pediu aos congressistas republicanos que aprovem a divulgação dos documentos do pedófilo Jeffrey Epstein, numa votação que está prevista para terça-feira.

Lusa | 03:36 - 17/11/2025

Liderada por um republicano aliado de Trump, Mike Johnson, a câmara baixa do Congresso norte-americano tinha já formado uma maioria favorável à aprovação da iniciativa legislativa, depois de na semana passada terem sido divulgados emails em que o nome de Trump voltou a emergir.

O presidente norte-americano garantiu na sexta-feira que "não sabia nada" sobre as ações de Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em 2019, antes de ser julgado por exploração sexual de menores.

Trump anunciou que iria pedir ao Departamento de Justiça e à polícia federal, o FBI, que investiguem as ligações entre Epstein e várias figuras e instituições, incluindo o antigo presidente democrata Bill Clinton (1993-2001).

O republicano indicou que, também o antigo secretário do Tesouro democrata Larry Summers, o investidor, empresário e cofundador do LinkedIn, Reid Hoffman, o banco JP Morgan Chase e "muitas outras pessoas e instituições" devem ser alvo de uma investigação, por passarem "grande parte da vida com Epstein e na sua 'ilha'".

Durante a campanha para as eleições presidenciais, Trump chegou a prometer "grandes revelações" sobre o caso Epstein, mas, desde que regressou ao poder em janeiro, tem insistido que o processo judicial e mediático é "uma manipulação política destinada a enfraquecer" a Administração republicana.

De notar que o escândalo ganhou novo fôlego na semana passada depois da divulgação de 'e-mails' atribuídos a Epstein, nos quais o empresário afirma que Trump "sabia das raparigas" que sofreram abusos e que "passou várias horas" com uma das vítimas.

Trump

Trump "sabia das meninas", afirmou Epstein em emails que enviou

Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes revela que o nome de Trump foi mencionado em emails enviados por Jeffrey Epstein, homem acusado de crimes sexuais, que entretanto morreu na prisão.

Notícias ao Minuto | 14:28 - 12/11/2025

O presidente norte-americano tem negado repetidamente qualquer envolvimento ou conhecimento dos crimes cometidos por Epstein e pela cúmplice, Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual de menores.

Os congressistas Ro Khanna (democrata), e Thomas Massie (republicano), apresentaram uma petição em julho para forçar a votação do seu projeto de lei, o Epstein Files Transparency Act (Lei de Transparência dos Arquivos Epstein).

A iniciativa foi apoiada por todos os democratas da Câmara e por quatro republicanos: Massie e as congressistas Lauren Boebert, Marjorie Taylor Greene e Nancy Mace.

A iniciativa esteve nos últimos meses um voto aquém do necessário para passar a votação, situação desbloqueada na semana passada com a tomada de posse da democrata Adelita Grijalva, que aguardava há meses por Johnson ter suspendido os trabalhos.

As novas revelações e a votação iminente representam uma das raras ocasiões em que Trump não conseguiu exercer um controlo quase total sobre o seu partido.  

Que dizem os e-mails divulgados recentemente?

De acordo com documentos agora revelados pelo Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes, o nome do atual presidente dos Estados Unidos da América (EUA) foi referido em emails trocados entre Jeffrey Epstein, acusado de crimes sexuais, e uma pessoa próxima do círculo de Trump.

"Os democratas da Comissão de Supervisão receberam novos e-mails do espólio de Jeffrey Epstein que levantam sérias questões sobre Donald Trump e o seu conhecimento dos crimes horríveis de Epstein", partilharam os democratas nas redes sociais.

Num e-mail enviado a Michael Wolff, por exemplo, Epstein escreveu: "É claro que ele sabia sobre as raparigas, pois pediu a Ghislaine para parar".

Já recentemente surgiram novos detalhes acerca dos e-mails de Jeffrey Epstein onde surge novamente o nome de Donald Trump. Num dos e-mails recentemente divulgados, o magnata norte-americano afirmou que o atual presidente dos Estados Unidos era "perigoso", descrevendo-o como a pior pessoa que conheceu. 

E-mails? Jeffrey Epstein acusou Donald Trump de ser

E-mails? Jeffrey Epstein acusou Donald Trump de ser "perigoso"

Num e-mail datado de 8 de fevereiro de 2017, Jeffrey Epstein acusou Donald Trump de ser "perigoso", notando que conheceu "pessoas muitas más", mas nenhuma "tão má quanto Trump". Esta troca de e-mails entre Epstein e o ex-secretário do Tesouro, Larry Summers, aconteceu semanas depois de o republicano ter sido eleito presidente dos Estados Unidos.

Notícias ao Minuto | 23:33 - 14/11/2025

Epstein, figura influente da alta sociedade nova-iorquina e próxima de políticos e empresários, foi encontrado morto na prisão em 2019, antes do início do seu segundo julgamento.

Em 2008, Epstein enfrentou acusações relacionadas com o abuso sexual de menores no estado da Florida, mas chegou a um polémico acordo secreto com o Ministério Público que lhe permitiu declarar-se culpado de solicitação de prostituição e cumprir 13 meses de prisão.

Onze anos depois, foi acusado em Nova Iorque de acusações federais de tráfico sexual de menores e conspiração, mas morreu na prisão antes de ser julgado.

A morte foi oficialmente classificada como suicídio, mas continua a alimentar teorias da conspiração sobre uma eventual eliminação de Epstein para silenciar testemunhos comprometedores.   

[Notícia atualizada às 20h07]

Leia Também: "Não envergonhe o convidado". Que disse Trump sobre jornalista saudita?

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2890477/camara-dos-representantes-aprova-divulgacao-de-ficheiros-de-epstein#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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