Bryan Cranston une-se à OpenAI para limitar vídeos criados com IA
- 21/10/2025
A OpenAI afirmou que vai impedir que os utilizadores da aplicação Sora consigam criar vídeos de Inteligência Artificial que usem a aparência de atores e outras celebridades, pode ler-se num comunicado partilhado no site do sindicato de atores de Hollywood - o SAG-AFTRA.
O comunicado surge após o ator Bryan Cranston (‘Breaking Bad’) e o sindicato que representa outros atores de filmes e séries de televisão terem expressado preocupações em relação aos vídeos que estavam a ser criados pela Sora.
“Fiquei profundamente preocupado não apenas por mim, mas por todos os intérpretes cujo trabalho e identidade podem ser mal utilizados desta forma”, afirmou o ator mais conhecido por ‘Breaking Bad’ no comunicado.
Assim, Cranston assim como sindicatos de atores e outras agências de talentos decidiram fazer um acordo com a empresa responsável pelo ChatGPT e pela Sora de forma a fortalecer os mecanismos que impedem o uso da imagem de celebridades de Hollywood.
Num comunicado conjunto entre a OpenAI, Bryan Cranston, o sindicato de atores SAG-AFTRA e outras agências criativas, é expressado o desejo de impedir que a Sora seja usada para reproduzir a aparência dos atores sem consentimento.
“Todos os artistas, intérpretes e indivíduos têm o direito de determinar como e se querem ser simulados”, pode ler-se no comunicado, com Cranston a dizer-se “agradecido à OpenAI pela sua política e por melhorar as suas proteções”.
Sublinhar que este não é o único caso com que a OpenAI se tem deparado a respeito de vídeos criados com a recém-lançada Sora - que de momento se encontra disponível apenas nos EUA e Canadá e para iPhone, com os utilizadores a terem acesso apenas se lhes for enviado um convite.
OpenAI suspende vídeos com Martin Luther King Jr.
OpenAI anunciou na semana passada a decisão de suspender a capacidade de gerar vídeos com o ativista pelos direitos civis Martin Luther King Jr. através do Soro - o modelo usado para criar vídeos de Inteligência Artificial.
A empresa adianta que a decisão foi tomada por via de um pedido da família após a circulação de vídeos com “representações desrespeitosas” de Martin Luther King Jr. Conta o The Washington Post que alguns destes vídeos colocavam Martin Luther King Jr. a fazer sons de macaco ou a lutar com outro ativista de direitos civis, Malcolm X.
“Apesar de haver um forte interesse na liberdade de expressão na representação de figuras histórias, a OpenAI acredita que as figuras públicas e as suas famílias devem ter controlo em relação à forma como a sua aparência é usada”, pode ler-se no comunicado conjunto da OpenAI e do King Estate, Inc conforme publicado na rede social X.
A tecnológica responsável pelo ChatGPT e pela Sora notou ainda que os “representantes autorizados ou herdeiros podem pedir que a sua aparência não seja usada” nas ferramentas da empresa, aproveitando ainda para agradecer à família de Martin Luther King Jr. pelo contacto.
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