Bruna e irmão de Karoline Leavitt 'lutaram' pela guarda do filho. O caso
- 09/12/2025
A brasileira Bruna Ferreira, que é mãe do sobrinho da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, e que foi detida há cerca de um mês pelos Serviços de Imigração norte-americanos (ICE, sigla em inglês), revelou que, durante vários anos, travou uma batalha judicial pela guarda do filho com o ex-noivo, Michael Leavitt.
Bruna Ferreira e Michael Leavitt estavam noivos quando a mulher deu à luz o filho de ambos em março de 2014. No entanto, meses depois, o casal separou-se e começou a luta pela guarda da criança.
Em 2015, Michael Leavitt entrou com um pedido em tribunal para ficar com a guarda do filho, alegando que a ex-noiva o tinha empurrado durante uma discussão. Ao tribunal, Leavitt contou que, depois da discussão, a mulher brasileira regressou a casa sem ele, tendo ido buscar o filho à casa dos avós e ameaçou levá-lo para o Brasil.
Bruna nega, no entanto, tais acusações e, em documentos judiciais, acusa Michael de abuso. Numa entrevista ao The Washington Post revelou que, durante o seu chá de bebé, Michael estava embriagado e empurrou-a, deu murros na parede e partiu portas. O irmão de Karoline Leavitt negou.
Já em abril de 2020, Bruna Ferreira denunciou em tribunal que Michael lhe devia milhares de dólares da pensão de alimentos do filho e que não a deixava estar com a criança.
Adiantou ainda que Michael Leavitt usou a sua influência dentro dos serviços de imigração para a ameaçar e, desta forma, a impedir de visitar o filho. O ex-noivo voltou a negar tais acusações.
No entanto, dias depois, a juíza decidiu que Leavitt e Ferreira iriam partilhar a guarda do filho.
Cerca de um ano depois, o ex-casal concordou que o filho iria passar a morar com o pai durante a semana por causa da escola e Bruna iria visitá-lo - e aos fins de semana estaria com ela. Tinha ainda autorização para o levar para o Brasil nas férias de verão até para a criança obter dupla cidadania.
Segundo a reportado do The Washington Post, desde que Bruna foi detida pelo ICE, o gabinete de imprensa da Casa Branca tem tentado pintar uma imagem de mãe ausente. Informações que Michael Leavitt corroborou e disse que a brasileira nunca morou com o filho.
Informações que acabam por ser contraditórias, uma vez que Michael Leavitt, em 2015, apresentou documentos judiciais que comprovam que o casal morava na mesma casa e que o endereço de ambos era o mesmo.
Também numa entrevista dada a um jornal local em 2014, o então casal, sorridente, mencionou um apartamento: "Não precisamos de muita coisa. Temos saúde. Temos um bom apartamento. Somos realmente abençoados", disse, na altura, Bruna Ferreira.
Já nesta recente entrevista, dada ao The Washington Post, Bruna adiantou que, antes de ser detida, a sua rotina passava por trabalhar nas suas empresas (uma de limpeza e outra de roupa), tinha aulas de ioga e estava com o filho, dizendo que o levava à escola e que ia ver os seus jogos.
Os advogados da brasileira denunciaram ainda que Michael e o pai, Bob Leavitt, terão dito à irmã de Bruno que ela se deveria 'autodeportar' e tentar regressar aos Estados Unidos de forma legal. Uma medida que, de acordo com os advogados, seria desastrosa porque assim Bruna ficaria impedida de voltar aos Estados Unidos durante 10 anos.
"É uma armadilha", afirmou o advogado de Bruna.
Bruna foi detida pelo ICE em novembro
A mãe do sobrinho de Karoline Leavitt foi detida por agentes do Serviço de Imigração dos Estados Unidos (ICE, sigla em inglês), em Massachusetts, no dia 12 de novembro.
Bruna Caroline Ferreira é uma "imigrante brasileira ilegal e criminosa" que está nos Estados Unidos há já vários anos, revelou fonte do Departamento de Segurança Interna à NBC News. A mulher estará desde junho de 1999 com o seu visto de turista expirado.
A mesma fonte adiantou ainda que a mulher já havia sido presa por suspeitas de agressão, um caso que não se sabe se já foi ou não resolvido.
O que se sabe sobre Bruna Caroline Ferreira?
Bruna Caroline Ferreira emigrou para os Estados Unidos com a sua família quando ainda era criança, em dezembro de 1998. A mulher foi beneficiária do programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA, sigla em inglês), tendo seguido "todos os requisitos e sempre se esforçou para fazer a coisa certa".
A família de Bruna criou uma página no GoFundMe para angariar fundos para ajudar a brasileira a ficar no país.
"A minha família está a passar por um dos momentos mais difíceis das nossas vidas e estamos a estender a mão com um pedido humilde de ajuda. A minha irmã, Bruna, foi detida recentemente pela Imigração e agora está a lutar para ficar no país que chamou de lar durante quase toda a sua vida", escreveu a irmã, Graziela Dos Santos Rodrigues.
E acrescentou: "Qualquer pessoa que conheça a Bruna sabe o tipo de pessoa que é. É trabalhadora, gentil e é sempre a primeira a oferecer ajuda quando alguém precisa. Seja a apoiar a família, amigos ou estranhos, a Bruna tem um coração que coloca os outros antes de si mesma".
A irmã de Bruna referiu ainda que a sua "ausência tem sido especialmente dolorosa para o filho de 11 anos, Michael Leavitt Junior, que precisa da mãe e espera todos os dias que ela chegue a casa antes das férias".
Desta forma, a família pede "ajuda financeira para cobrir as despesas legais necessárias para dar a Bruna uma oportunidade de voltar para casa".
Note-se que, desde que tomou posse, em janeiro deste ano, Donald Trump pôs em marcha um plano para cumprir a sua promessa de campanha de efetuar a maior deportação em massa da história.
Desde então, o medo ficou "instalado a 100%" junto de várias comunidades de imigrantes por todo o país.
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