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Bolívia e EUA fazem pazes diplomáticas após 17 anos
- 09/11/2025
"Agora que ele [Rodrigo Paz Pereira] é o senhor Presidente, vamos restabelecer as relações a nível de embaixadores, como sempre deveria ser", afirmou o vice-secretário norte-americano, numa breve aparição perante os meios de comunicação social, em La Paz.
Foi "muito triste" que durante tantos anos ambos os países não tivessem embaixadores em Washington, nem em La Paz, a sede do governo da Bolívia, salientou Landau.
"A diplomacia é, afinal, comunicação, sem embaixador na capital do outro país, isso torna-se mais difícil", considerou Landau ao expressar o seu desejo de que os novos embaixadores possam ser anunciados "muito em breve".
O governante norte-americano referiu ainda que Rodrigo Paz Pereira "manifestou o seu interesse em manter boas relações com os EUA" e que, "reciprocamente", os EUA também desejam "estabelecer boas relações com o novo governo da Bolívia".
Por sua vez, o novo mandatário boliviano agradeceu a presença da delegação norte-americana liderada por Landau e pediu-lhe que "transmitisse uma mensagem de cordialidade e fraternidade" ao Presidente Donald Trump.
Paz destacou ainda que a presença do representante norte-americano na cerimónia de posse "significa mais um passo" na sua intenção "de abrir a Bolívia ao mundo".
"Isso significa retomar as relações com os EUA, como faremos com outras nações" depois do "dogmatismo ideológico" ter isolado os bolivianos, indicou o novo Presidente.
O governante boliviano afirmou também que "todas as relações" externas serão estabelecidas "sob a égide da democracia, do desenvolvimento e dos conceitos e valores da ordem humana".
O mandatário boliviano viajou na semana passada aos Estados Unidos com o objetivo de garantir o fornecimento de combustíveis e a disponibilidade de dólares na economia boliviana, além de se reunir com representantes do governo Trump.
Em 2008, o ex-presidente Evo Morales expulsou da Bolívia o então embaixador americano no país, Philip Goldberg, acusando-o de conspiração contra o seu governo, algo que a Casa Branca sempre negou.
Morales e o agora também ex-Presidente Luis Arce (2020-2025), ambos de esquerda, expressaram nas últimas semanas preocupação com um possível regresso da Administração de Controlo de Drogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês) à Bolívia.
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