Blume garante que Porsche está numa posição "sólida para o futuro"
- 20/10/2025
A Porsche vai mudar de líder em janeiro, no contexto de um período desafiador. Há fatores como a procura aquém do esperado por modelos elétricos e a instabilidade de mercados - em especial com a quebra no segmento de luxo na China e com as tarifas nos Estados Unidos da América.
Teve de redefinir a sua estratégia, em particular relativamente à eletrificação devido à procura abaixo do esperado no mercado. Nesse sentido, adiou alguns modelos e também a nova plataforma - que só chegará na década 2030.
O plano prevê, igualmente, a continuidade de atuais modelos de combustão por mais tempo. A gama será complementada por "modelos definidores da marca com motores de combustão". O realinhamento tem um impacto superior a três mil milhões de euros nas contas deste ano, devido a despesas extraordináras.
Agora, foi anunciado que Oliver Blume vai deixar de ser o diretor-executivo da Porsche a partir de 1 de janeiro, sendo substituído por Michael Leiters.
O ainda dirigente do construtor de Estugarda falou em comunicado dos desafios atuais: "Mudanças enormes naqueles que são, de longe, os maiores mercados únicos da Porsche - os EUA e a China - colocaram novas exigências no nosso modelo de negócio. É por isto que realinhámos a empresa estruturalmente este ano e expandimos consideravelmente a nossa estratégia de produto".
Na hora da saída, Oliver Blume acredita que a estratégia delineada é a adequada e deixa a Porsche robusta: "Com total flexibilidade na motorização e uma estrutura de custos melhorada, a Porsche está agora posicionada de forma sólida para o futuro".
O atual CEO expressou também "total confiança" em Michael Leiters e na equipa que o irá acompanhar ao leme dos destinos da Porsche.
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