Autoridades detêm suspeitos de furtarem medicamentos em Maputo
- 19/12/2025
Segundo a porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na província de Maputo, Judite Nhanengue, a corporação deteve os primeiros dois na terça-feira e o terceiro na tarde de quarta-feira, quando este último seguia com duas caixas, contendo 64 frascos de comprimidos que se "presume ser amoxicilina".
"A detenção destes três foi no seguimento de um trabalho de investigação em curso, visando neutralizar e responsabilizar todos os envolvidos no furto agravado de medicamentos", disse Judite Nhanengue.
A porta-voz avançou ainda que os medicamentos foram furtados num dos armazéns no posto administrativo da Machava, no município da Matola, arredores da capital moçambicana, e tinha como destino a província de Manica, centro de Moçambique, assegurando estarem em curso ações para deter mais envolvidos.
"Tudo indica que (...) é uma quadrilha", acrescentou Nhanengue, assegurando terem sido detidos há uma semana outros três indivíduos, elevando assim para seis o número de suspeitos.
A Lusa noticiou, na segunda-feira, que a autoridade reguladora de medicamentos de Moçambique anunciou a detenção de três pessoas suspeitas de envolvimento no desvio de antimaláricos no armazém central da Machava, em Maputo, equivalentes a mais de 830 mil tratamentos.
O ministro da Saúde, Ussene Isse, voltou a declarar "tolerância zero" ao contrabando de fármacos no país, numa menção aos recentes casos conhecidos de roubos de medicamentos nas unidades sanitárias.
Isse admitiu, em agosto, que se "roubam muitos medicamentos" nos hospitais do país, referindo que "desaparece tudo" em menos de 15 dias após a distribuição dos fármacos nas unidades.
"Peço também vossa ajuda no controlo do roubo de medicamentos. Rouba-se muito medicamento nos hospitais", disse o Governante, afirmando que o Estado moçambicano compra medicamentos que "até sobram" para o país, mas acabam em pouco tempo devido aos casos de furto.
Moçambique expulsou desde janeiro pelo menos 15 funcionários públicos do aparelho do Estado por envolvimento no furto de medicamentos nas unidades de saúde, noticiou a Lusa em 31 de julho.
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