Automedicação. Uma possibilidade ou um perigo para a saúde?
- 20/10/2025
O que faz quando lhe dói a cabeça? E quando lhe dói a barriga? Ou até mesmo uma perna? Provavelmente já se automedicou.
Não se trata de uma fórmula obrigatória, mas é um procedimento cada vez mais comum. Todos somos médicos de tudo. E com o objetivo de descongestionar as urgências dos hospitais, há cada vez mais esta necessidade: a automedicação. Ainda assim, não pode ser um método a aplicar em todas as ocasiões. Nomeadamente para emagrecer.
As redes sociais têm sido cada vez mais responsáveis pela criação de padrões corporais. Este fenómeno, de acordo com alguns especialistas, representa uma preocupação, essencialmente para as gerações mais novas, por se deixarem moldar por estas tendências que, a longo prazo, podem promover distúrbios alimentares.
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A propósito desta tendência, que é crescente a nível global, os médicos da 'Gate way foundation' alertam para dois grandes perigos da automedicação, seja através de comprimidos ou as conhecidas injeções para tratamento de diabetes.
Abuso de substâncias: tomar um medicamento sem consultar um médico ou profissional de saúde pode aumentar o risco da toma de uma dosagem incorreta ou durante um período de tempo pouco recomendado. Pode representar um risco tão grande tomar em demasia como em quantidades reduzidas.
Tomar medicamentos em excesso ou de forma incorreta pode causar sintomas como náuseas, convulsões ou pode chegar até a levar à morte.
Dependência da substância: Ao tomar uma substância durante um período demasiado extenso, o organismo pode tornar-se dependente e apresentar consequências graves se parar de tomar repentinamente.
Afinal, quando posso automedicar-me?
A Ordem dos Farmaceuticos esclarece:
— Constipações e gripes;
— Tosse, rouquidão e dores de garganta;
— Higiene oral e da orofaringe;
— Profilaxia da cárie dentária;
— Úlceras da boca;
— Enfartamento e flatulência;
— Vómitos, diarreia e obstipação esporádica;
— Dores ligeiras a moderadas;
— Queimaduras solares;
—Feridas, picadas de insetos, eczema e outros problemas ligeiros a moderados da pele;
—Tratamento da dependência da nicotina para alívio dos sintomas de privação desta substância em pessoas que desejem deixar de fumar;
— Dismenorreia primária e higiene vaginal;
— Contraceção de emergência, métodos contracetivos de barreira e químicos.
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