Ataque terrorista a base militar no norte da Nigéria deixa 14 feridos
- 06/11/2025
"Catorze soldados ficaram feridos nos confrontos, enquanto vários terroristas foram mortos e nove capturados", adiantaram as fontes militares à agência de notícias francesa AFP.
Um oficial do exército, que falou sob anonimato, confirmou o mesmo balanço.
Membros do Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) atacaram a base de Malam Fatori, no distrito de Abadam, com armas pesadas e lançadores de foguetes, segundo um oficial e o chefe de um grupo de autodefesa local.
"Os terroristas do Iswap tentaram invadir a base, mas encontraram forte resistência por parte dos militares, o que levou a longos combates", disse à AFP Babakura Kolo, que lidera uma milícia de autodefesa de apoio ao exército na luta contra o terrorismo.
Num comunicado publicado hoje, o Iswap reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo que os seus combatentes "mataram e feriram" 12 militares do exército nigeriano e apreenderam uma metralhadora, de acordo com o grupo Site Intelligence, que faz a monitorização das atividades terroristas em todo o mundo.
A cidade de Malam Fatori, localizada a cerca de 200 quilómetros de Maiduguri, capital do estado de Borno, nas margens do Lago Chade, foi alvo de ataques Iswap várias vezes.
Desde janeiro, o grupo realizou doze assaltos no local, de acordo com uma contagem do Site. Ocupado em 2014 por jihadistas do Boko Haram, Malam Fatori foi retomado pelo exército nigeriano no ano seguinte.
Desde 2022, as autoridades de Borno incentivam os refugiados residentes no Níger a regressarem, apesar dos riscos. A cada operação para devolver os deslocados, os jihadistas realizam novos ataques, queimando casas e forçando civis a refugiarem-se novamente no Níger.
Outro ataque ocorreu no sábado, dois dias após o regresso de 1.000 refugiados a Malam Fatori, repatriados da vila de Toumour, no Níger, próximo da fronteira.
O terrorismo de longa data no nordeste da Nigéria, liderada pelo Boko Haram e pela sua fação rival ISWAP, causou mais de 40.000 mortos e forçou mais de dois milhões de pessoas a fugir das suas casas desde 2009, de acordo com dados das Nações Unidas.
Nos últimos anos, expandiu-se para áreas fronteiriças do Níger, Camarões e Chade, levando à criação de uma coligação militar regional para combater os islamistas armados.
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