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Atacado pela filha, José Manuel Anes foi operado e estará fora de perigo
- 21/10/2025
O antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) terá sido operado e está em estado de saúde considerado estável. A informação foi avançada à Rádio Renascença por fonte do OSCOT, que indicou que José Manuel Anes estará "fora de perigo".
O Notícias ao Minuto está a tentar confirmar as informações sobre o estado de saúde de José Manuel Anes mas sem sucesso, até ao momento.
José Manuel Anes está internado no Hospital de São José, em Lisboa, para onde foi transportado depois de ter sido esfaqueado em sua casa, alegadamente, pela própria filha.
Ana Rawson, que é a principal suspeita do ataque, já está "sob custódia" policial.
"Está sob custódia da Polícia Judiciária (PJ) a principal suspeita da prática do crime de homicídio tentado, ocorrido esta tarde, em Lisboa, e que vitimou José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT)", pode ler-se em comunicado enviado pela PJ na noite desta segunda-feira às redações.
A vítima, de 81 anos foi transportada de ambulância, em estado grave, para o hospital. Apresentava "vários ferimentos e lacerações no abdómen, mãos e pernas, aparentemente provocados por um objeto cortante", bem como "hematomas nos olhos provocados pelos dedos da suspeita".
Também várias testemunhas informaram ter visto uma mulher, "alegadamente familiar da vítima", a sair de casa, "sendo que, temendo pela integridade física" do homem, uma testemunha entrou na residência, deparando-se com José Manuel Anes "prostrado no solo ensanguentado". A testemunha disse ter "conhecimento do histórico de violência doméstica" entre a vítima e a alegada agressora.
"Acho que deixei o meu pai sem olhos"
José Manuel Anes, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), foi esfaqueado, na tarde de segunda-feira, dia 20 de outubro, na sua residência. A filha é a principal suspeita da tentativa de homicídio e encontra-se sob custódia da Polícia Judiciária.
Durante o dia de ontem, a mulher partilhou várias publicações na rede social Facebook a falar do pai.
"O meu paizinho hoje está 'on fire'. Finalmente, ao fim de quatro anos, entrei na casa da Carla Pinheiro e ele, entre mordidelas, arranhões - o velho está ainda arrogante - a chamar-me p**** e a dizer que me odeia. Lá disse que tinha uma fortuna paga ao longo dos anos pela Mossad numa conta em nome da Carla Pinheiro", disse, acrescentando, mais tarde: "acho que deixei o meu pai José Anes sem olhos, mas devem ouvir dizer que ele morreu pacificamente".
A investigação está a cargo da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da PJ.
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