.jpg)
"Assassínios..." Hamas volta a acusar Israel de violar cessar-fogo
- 04/12/2025
O porta-voz do movimento islamita Hamas, Hazem Qasem, alegou que recentes ataques israelitas atingiram abrigos para deslocados no centro da cidade de Gaza, fora da chamada "linha amarela", e resultaram no "assassínio deliberado" de um jornalista em Khan Younis.
O Hamas apelou aos mediadores reunidos em Sharm el-Sheikh, responsáveis pelo acordo alcançado em outubro para implementar a primeira fase da proposta dos Estados Unidos, para que adotem "medidas sérias" para obrigar Israel a cumprir a cessação total das hostilidades.
Qasem defendeu que o Hamas está a respeitar o cessar-fogo e recordou que, na quarta-feira, entregou o corpo de mais um refém sequestrado nos ataques de 07 de outubro de 2023, quando apenas os restos mortais de um refém continuam por localizar, segundo a imprensa palestiniana.
As acusações surgem após um ataque israelita, na noite de quarta-feira, contra uma tenda num campo de deslocados perto de um hospital em Khan Younis, que causou cinco mortos, incluindo duas crianças, apesar da trégua em vigor desde o início de outubro.
O Exército israelita informou que o ataque foi uma iniciativa de resposta, após cinco soldados terem ficado feridos num alegado ataque de militantes palestinianos em Rafah, garantindo que o alvo era um "terrorista" do Hamas.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, assegurou que as forças israelitas "continuarão a agir com força contra quaisquer violações e infraestruturas do Hamas até que o último refém seja libertado e as capacidades do movimento sejam destruídas".
O Ministério da Saúde de Gaza reportou seis mortes resultantes de ataques israelitas nas últimas 24 horas e a recuperação de dois corpos, elevando para 70.125 o número total de mortos e para 171.015 o número de feridos desde o início da ofensiva.
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, registaram-se 366 mortos e 938 feridos.
Leia Também: "Urgente". Israel anuncia ataques no sul do Líbano e apela a evacuações
