Alemanha acusa Rússia de ciberataque e interferência eleitoral
- 12/12/2025
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha afirmou, esta sexta-feira, que as autoridades estão a "observar um aumento significativo das atividades híbridas russas" e acusou Moscovo de um ciberataque e interferência eleitoral.
Segundo a agência de notícias Reuters, um porta-voz do ministério alemão afirmou que existe uma campanha russa que tem como objetivo "desestabilizar a Alemanha".
O responsável indicou que a operação "Storm-1516" ("Tempestade-1516", em português) - uma campanha de desinformação russa responsável por 77 operações entre agosto de 2023 e março de 2025 - foi responsável por atividades que tentaram afetar as eleições federais de fevereiro.
Na "Storm-1516" a estratégia utilizada para difundir informação falsa consiste na construção de uma narrativa enganadora em torno de uma figura pública, sendo que depois, com o auxílio da IA e de conta falsas, a narrativa é amplificada.
Noutro comunicado, o governo atribuiu também um ciberataque contra os sistemas de segurança aérea alemães em agosto ao grupo de hackers russo APT28.
Esta sexta-feira, a Alemanha decidiu convocar o embaixador russo em Berlim, garantindo que "decidirá sobre novas medidas diplomáticas" mais tarde.
"Deixámos claro que estamos a monitorizar as ações da Rússia de perto e tomaremos medidas contra elas", disse o porta-voz.
Governo britânico sancionou pessoas e entidades russas
A acusação da Alemanha surge dias após o Reino Unido ter imposto ações contra duas pessoas e cinco entidades da Rússia, entre elas o filósofo Alexander Duguin, líder do movimento eurasiano e um dos principais ideólogos do Kremlin, por envolvimento em desinformação.
Dugin e a organização que fundou, o Centro de Experiência Geopolítica, foram adicionados à lista de pessoas e organizações sob sanções por "estarem envolvidos na desestabilização da Ucrânia", tal como o 'blogger' militar russo Mikhail Zvinchuk.
O governo britânico também sancionou o Fundo de Apoio e Proteção dos Direitos dos Compatriotas que Vivem no Estrangeiro (Pravfond), devido às ligações com o executivo russo, as empresas Rybar LLC, Euromore e Golos.





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