Primeira-ministra moçambicana pede combate a raptos e tráfico humano
- 06/12/2025
"É nossa expectativa, e certamente da sociedade em geral, que a vossa atuação se centre na prevenção e no combate enérgico à criminalidade organizada e transnacional, designadamente, raptos, tráfico de drogas e de seres humanos, terrorismo e o seu financiamento, de entre outra tipologia de crimes", disse a primeira-ministra moçambicana.
A governante falava em Maputo, após conferir posse ao diretor-geral, Ilídio José Miguel, ao e diretor-geral adjunto, Sinésio Dias, do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), diretor-geral do Serviço Nacional Penitenciário (Sernap), David Arsénio Davide, e do presidente do conselho de administração da Televisão de Moçambique (TVM), Victor Nhatitima.
Ao dirigir-se aos novos dirigentes do Sernic, a primeira-ministra pediu o combate ao crime organizado e esforços na organização da instituição.
"O cumprimento das vossas atividades operativas requer a observância rigorosa da lei e a inevitável coordenação e articulação com os órgãos de administração da Justiça, as demais instituições do Estado, as lideranças comunitárias, religiosas e com a sociedade no geral", disse Benvinda Levi.
Ao novo dirigente do Sernap, a primeira-ministra pediu que garanta o cumprimento das penas com respeito às decisões judiciais, aos direitos humanos, com o foco na sua reintegração social após cumprimento da pena.
Benvinda Levi disse que espera da nova liderança do Sernap "ações no reforço das medidas de segurança e disciplina, nos estabelecimentos penitenciários e centros abertos, para evitar que haja fugas, tiradas e evasões de reclusos".
"De igual modo, deverá continuar a aprimorar e adotar medidas operativas e administrativas consentâneas para que os estabelecimentos penitenciários não sirvam de locais de aperfeiçoamento e execução de crimes", disse Levi.
Em 13 de novembro, a primeira-ministra moçambicana disse que nove dos 10 casos de raptos registados desde janeiro foram esclarecidos e as vítimas resgatadas, apontando "relativas melhorias" na segurança, apesar de "resquícios de violência".
Cerca de 300 pessoas envolvidas em casos de rapto foram detidas desde os primeiros registos destes crimes em Moçambique, em 2010, disse à Lusa, em 23 de outubro, o porta-voz nacional do Sernic.
"Esses são números cumulativos desde que iniciaram os raptos em 2010, até hoje", avançou Hilário Lole, porta-voz nacional do Sernic, explicando que esta estatística representa apenas um número aproximado.
Cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em 2024 pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que defende ser tempo de o Governo dizer "basta".
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