Governo israelita legaliza 19 colonatos no norte da Cisjordânia
- 13/12/2025
A proposta foi apresentada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e pelo ministro da Defesa, Israel Katz, noticiou a agência Europa Press.
O líder da Comissão Palestiniana contra o Muro e a Resistência aos Assentamentos, Muayad Shaban, destacou em comunicado que esta decisão representa "uma escalada perigosa que revela as verdadeiras intenções do Governo ocupante de consolidar o sistema de anexação, apartheid e judaização completa" da Palestina.
A medida, parte de uma "política sistemática" para consolidar o "controlo israelita permanente sobre as terras palestinianas", representa "um desafio flagrante ao direito internacional e às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, especialmente a Resolução 2334, que afirma que os colonatos são ilegais", insistiu.
Já o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) sublinhou em comunicado que a iniciativa "reflete a natureza extremista" do Governo liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "que trata as terras palestinianas como despojos coloniais e procura desesperadamente consolidar" o sistema de colonatos para "alcançar o controlo total da Cisjordânia".
O movimento islamita em guerra com Israel na Faixa de Gaza destacou ainda que isto faz parte dos "planos claros" de Israel para "redesenhar a geografia palestiniana, isolar cidades e vilas umas das outras e promover a deslocação silenciosa" da comunidade palestiniana como parte do seu projeto para "esvaziar a Cisjordânia".
A medida surge depois de o Parlamento israelita ter aprovado uma emenda que remove as cláusulas que impediam os colonos israelitas de residir nos colonatos de Ganim, Homesh, Kadim e Sa Nur, que foram evacuados há quase 18 anos. Ganim e Kadim estão entre os colonatos incluídos na emenda aprovada.
Ao fim de dois anos de confrontação, Israel e o grupo islamita Hamas acordaram em outubro um cessar-fogo na Faixa de Gaza, interrompendo um conflito de devastação sem precedentes no território, mas não a incerteza do seu futuro.
A guerra na Faixa de Gaza, iniciada com os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, de que resultaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, teve ondas no Médio Oriente, onde as forças israelitas entraram, durante 12 dias em junho, em confrontação direta com o Irão, e atacaram a delegação negocial do Hamas no Qatar um mês antes de selarem a trégua.
O futuro da Faixa de Gaza está ainda ligado à situação na Cisjordânia e expansão de colonatos israelitas ilegais à luz do direito internacional, por sua vez acompanhada pela intensificação da violência em 2025 envolvendo o exército e colonos judeus e a população palestiniana.
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