Autoridade Palestiniana reitera acusações sobre genocídio em Gaza
- 18/09/2025
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana disse que encara com extrema preocupação os apelos israelitas para tratar a Faixa de Gaza como propriedade sujeita a venda ou divisão.
Para o Governo da Autoridade Palestiniana, trata-se da "admissão oficial" das intenções da ocupação israelita de destruir completamente a Faixa de Gaza e transformá-la num território inabitável.
Neste sentido, a Autoridade Palestiniana reiterou a condenação "do uso da fome como arma de guerra" por parte de Israel em Gaza e recordou que o território costeiro "é parte integrante do Estado da Palestina", em conformidade com o direito internacional e as resoluções internacionais.
"Rejeitamos todos os apelos que tratam a Faixa de Gaza como um mero território vazio, como se estivesse à venda ou exposta à pirataria em leilão por parte de governantes coloniais e racistas", acusa o comunicado referindo-se às autoridades israelitas.
A declaração foi publicada dias depois de o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, ter defendido a construção de um "bairro de luxo" sobre as ruínas da Faixa de Gaza, defendendo também a importância de promover a "migração voluntária" dos habitantes.
A ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, lançada após os ataques de 07 de outubro de 2023, fez 65.100 mortos palestinianos, segundo as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.
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