Apoio a Kyiv será "prioridade máxima" para Chipre
- 13/12/2025
"Se puder destacar alguns pontos que colocaremos no topo da nossa agenda, diria que a Ucrânia será uma prioridade máxima para Chipre. A invasão russa prossegue, é inaceitável e devemos continuar a apoiar a Ucrânia em todas as vertentes", disse hoje a embaixadora de Chipre junto da UE, Christina Rafti.
Na apresentação à imprensa europeia em Bruxelas das prioridades cipriotas para a presidência semestral europeia, entre janeiro e junho próximos, a diplomata recordou que, de momento, "decorrem discussões sobre a assistência financeira à Ucrânia", nomeadamente sob a forma de um empréstimo de reparações assente em ativos russos imobilizados na UE.
O tema será discutido pelos líderes da UE na cimeira que decorre na próxima semana, num encontro de alto nível que é visto como decisivo para chegar a acordo já que a Ucrânia fica sem financiamento na próxima primavera.
Ainda sobre a Ucrânia, estão previstas novas sanções da UE à Rússia nos primeiros seis meses do próximo ano, de acordo com a embaixadora.
"Está em curso trabalho sobre o 20.º pacote", que deverá incluir medidas sobre a chamada "frota fantasma russa", sobre as lacunas à evasão e sobre o petróleo e energia russa, precisou a representante cipriota.
De acordo com fontes europeias, é esperado um novo pacote de sanções aquando do quarto aniversário da guerra, que se assinala em fevereiro de 2026.
O alargamento é outra das prioridades cipriotas para este semestre, querendo Nicósia dar "um forte impulso", nomeadamente à adesão da Ucrânia ao bloco comunitário, num processo que é baseado no mérito e relativamente ao qual "eles estão a cumprir", apontou Christina Rafti.
De momento, surgem esforços diplomáticos para alcançar uma paz justa e duradoura na Ucrânia, querendo a UE reforçar a posição negocial de Kyiv, o que passa por aumentar a pressão sobre Moscovo.
"Como UE, afirmamos que precisamos de um lugar na mesa de negociações, mas também precisamos de capacitar os negociadores ucranianos nesse processo", disse a embaixadora cipriota.
Sendo a República de Chipre um dos países da UE com maior pressão migratória, irá priorizar a gestão migratória no bloco comunitário, depois de os 27 Estados-membros terem chegado a acordo, esta semana, sobre regras que definem países terceiros como seguros para o retorno de pessoas a quem foi negado direito de asilo no bloco.
Concordaram também sobre a criação do fundo de solidariedade no âmbito do Pacto sobre Migração e Asilo, para apoiar os Estados-membros sujeitos a maior pressão migratória.
"São legislações importantes na ótica da dimensão externa da migração, sobretudo para os Estados-membros na linha da frente, e trabalharemos nisso", adiantou Christina Rafti.
No verão do próximo ano, estará totalmente em vigor o Pacto sobre Migração e Asilo, para o qual os países tiveram um período de adaptação, querendo Chipre contribuir para tal implementação.
Uma outra "grande prioridade" para o país, segundo a embaixadora cipriota, diz respeito ao orçamento da UE a longo prazo, querendo Nicósia "avançar o mais possível" com vista a um acordo entre países e eurodeputados no final de 2026.
A República de Chipre, que aderiu à UE em 2004, assume a presidência do Conselho pela segunda vez, 14 anos após a sua primeira presidência em 2012.
Sucede à Dinamarca e será seguida depois, no segundo semestre do próximo ano, pela Irlanda.
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